Ao norte do Tocantins podemos encontrar o segundo maior município do estado, Araguaína, que conta com uma porção de Delegacias Especializadas que lidam com o índice de criminalidade que a cidade comporta. Nela, o Delegado-Chefe da Delegacia Especializada de Repressão a Roubos (DRR), Fellipe Crivelaro, conta ao Sindepol/TO que inicialmente foi designado à Delegacia Especializada de Repressão a Furtos e Roubos de Veículos Automotores (DERFRVA), mas que com o tempo, foi percebendo-se a necessidade de uma Delegacia Especializada em roubos em geral.
“O real problema persistia, pois o que tinhamos (e ainda temos) na cidade são os chamados ‘assaltantes profissionais’ e, para eles, não importa se a subtração irá ser de um celular, uma moto, uma casa ou um comércio, o que importa é fazer dos roubos seu meio de vida. Assim, os crimes praticados por estes elementos continuavam a ser separados em várias unidades policiais diferentes, fazendo com que não houvesse uma efetiva investigação concentrada”, explica.
Agora, após dois anos de atuação relacionando vínculos e fatores em Boletins de Ocorrência, a Delegacia se aproxima da marca de 500 Inquéritos Policiais, ou seja, 500 casos resolvidos. De acordo com o Delegado, algumas operações de destaque foram a
Asepsis, que determinou a prisão de 8 autores especializados em roubos à residência, e Ali Baba, responsável pela prisão e indiciamento de 40 autores de roubos em geral.
À comunidade, Dr. Crivelaro compartilha que “as vezes pode parecer que a Justiça não funciona e que muitos crimes ficam impunes, mas nós estamos aqui. Por trás dessa figura que representa o Estado existe uma pessoa como você, cheia de defeitos e virtudes, de angústias e alegrias. Damos o nosso melhor, mesmo em meio às dificuldades do dia-a-dia, nos esforçamos para tornar o lugar onde eu e você moramos um lugar mais seguro”.
Desafios
Para o Delegado-Chefe, o maior desafio são os números. “Nossa cidade ainda sofre com alto índice de roubos e isso nos causa grande frustração, pois todas essas vítimas merecem ter seus casos devidamente solucionados”, conta.
O que fazem os Delegados?
“Ser Delegado de Polícia é ser um policial, um jurista e um administrador, tudo ao mesmo tempo. É uma carreira de extrema importância no Estado de Direito, sendo uma função essencial pra Justiça Penal, pois é na delegacia de polícia que se desenvolve a primeira etapa da persecução penal através do inquérito policial”, define o Delegado que continua. “Posso dizer que cada inquérito é uma história, uma memória, e que nenhum dia de trabalho é igual ao outro. Já passei por situações que me emocionaram, umas que me preocuparam, outras que me inspiraram, e algumas que me desanimaram, mas nunca deixei de ter esperança em dias melhores”, finaliza.
Fellipe Crivelaro Ayres Pereira
Delegado de Polícia Civil no Estado do Tocantins há 3 anos, Crivelaro é pós-graduado em Direito Penal e Processual Penal e atualmente Delegado-Chefe da DRR (Delegacia Especializada de Repressão a Roubos) de Araguaína.
Essa é uma Campanha do Sindicato dos Delegados de Polícia Civil do Estado do Tocantins - Sindepol/TO